Flappy Bird: “O Jogo do capeta”.



Um joguinho tão simples quanto difícil e com design inspirado no cenário do Super Mario tem chamado bastante atenção. É o Flappy Bird ou como muitos dizem “o jogo do capeta”, que estourou há não muito tempo (embora tenha sido lançado no começo de 2013) mas já apresenta números impressionantes.

Por que tantas pessoas começaram a jogar de repente e por que é tão viciante? Resolvi refletir sobre isso e percebi algumas coisas que podem explicar esse fenômeno.

A primeira resposta a essa questão é a simplicidade. O jogo é tão simples, que chega a ser ridículo. Por ser muito fácil de jogar, atinge todos os públicos. Mesmo quem não tem interesse em jogos se sente atraído a jogar umas partidas de Flappy Bird simplesmente porque é muito fácil jogar. Tudo o que você precisa é a ponta do dedo.

Outro fator é o desafio. Justamente por ser tão simples, o jogo causa revolta e indignação nas pessoas. Elas simplesmente não aceitam o fato de que algo tão simples pode ser ao mesmo tempo tão difícil. Essa aparente facilidade leva as pessoas a tornassem muito autoconfiantes e que conseguirão vencer o jogo, o que não acaba acontecendo e vira uma enorme frustração. Mas essa frustração não é com o jogo, é com si mesmas por não conseguirem realizar uma tarefa aparentemente tão simples.

E a competição é evidente. As pessoas são competitivas por natureza, então é normal que buscando superar amigos ou conhecidos, a gente não pare de jogar enquanto não ultrapassa-los. O problema é que por mais que se tente bater um recorde torna-se algo virtualmente impossível. Quando você chega perto começa a bater um nervosismo e parece que você perde o controle dos movimentos das mãos.

O jogo é tão possessivo que já inventaram um “anti-Flappy Bird”, uma espécie de vingador. No Squishy Bird, o jogador controla os canos e, sempre que um pássaro tentar passar, basta clicar com o botão do mouse para esmagá-lo. A lógica, então, é totalmente invertida.

Apesar de todo o sucesso no Flappy Bird com mais de 50 milhões de downloads, tanto na Google Play quanto na App Store, mais de 47 mil avaliações, e com um faturamento de 50 mil dólares por dia com publicidade, o desenvolvedor vietnamita Dong Nguyen resolveu tirar o jogo do ar, apenas quem já possuí o jogo baixado poderá jogar.

Ele alegou estar sofrendo assédios da imprensa e estar “cansado do sucesso”. No Twitter Nguyen escreveu: “Lamento, usuários de Flappy Bird, daqui a 22 horas, vou tirar Flappy Bird do ar. Não aguento mais”. “Não há nenhuma questão legal. Eu simplesmente não aguento.”.

Uma decisão meio inusitada. Mas Nguyen avisa: não venderá a marca, e continuará fazendo games.

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